TÉCNICAS DE VÔO

Básico:
Decolagem da Asa
Controles da Asa
Vôo de Lift
Vôo Térmico
Aproximação
Pouso
Avançado:
Teoria MC.Cready
Teoria do Hexagono
Vôo de Distância
Os Segredos de Tomas Suchanek
Introdução ao Uso do GPS
Meteorologia:
Dicionário das Núvens
 

 

 

Uma Asa Delta como qualquer aeronave é dirigida por um piloto. Não caímos em qualquer lugar, nem somos levados ao sabor do vento como muitas pessoas pensam. O piloto decidi onde ir, quando e em qual velocidade, com um controle total e preciso da asa delta.

 

A Asa Delta é a única aeronave mais pesada que o ar que carece de comandos aerodinâmicos como ailerons, profundor ou leme, sendo o piloto que com seus deslocamentos dentro do trapézio de comando que altera a posição do centro de gravidade, provocando as reações previstas: deslocando o corpo para os lados temos os comandos direita e esquerda, deslocando para frente e para traz, temos a alteração do angulo de ataque, acelerando em descida ou desacelerando em subida.

 

o piloto fica suspenso no centro de gravidade da asa pelo bullet ou harness (um cinto em forma de casulo) que o posiciona entre o trapézio e a barra de comando. Podendo soltar as mãos da barra de comando que a asa continua perfeitamente seu vôo devido a sua estabilidade.

 

Para girarmos à esquerda, deslocamos o corpo para esquerda e para girarmos para direita deslocamos o mesmo para direita. Dependendo do deslocamento (Mais ou menos para o lado desejado) variará a intensidade da curva e o ângulo do giro.

 

Temos que ter em conta, que a medida que aumentamos o âlgulo do giro, também aumenta a velocidade de decida, portanto se desejamos fazer um giro rápido, antes de iniciarmos devemos ganhar velocidade.

 

Com maior velocidade temos maior controle, pois a asa responde com menos esforço. É importante ter uma margem de velocidade nas manobras mais delicadas, por exemplo na aproximação ou na fase final do pouso.

 

Pode-se ajustar as velocidades de vôo, segundo as necessidades do momento:

  • Voar lento para descermos o mínimo possível, por exemplo, quando esperamos que desprenda do solo uma térmica para ganharmos altura novamente. (velocidade de mínimo afundamento).

  • Voar um pouco mais depressa, para voarmos o mais longe possível com a altura que temos. (velocidade de melhor planeio).

  • Voar com grande velocidade, por exemplo, com vento forte de frente, para avançarmos de modo mais eficiente possível.

  • Voar com altíssima velocidade, por exemplo, para escapar de uma turbulência ou de uma nuvem de tempestade que está se formando, ou até para as chegadas de campeonato onde as vezes este planeio final em altíssima velocidade muitas vezes decide uma prova.

Para variar a velocidade, avançamos o centro de gravidade para dentro do trapézio, ou barra de controle: PICAMOS. Dependendo de quanto picamos, voamos mais rápido ou mais lento. Sempre as custas de perder mais ou menos altura. Uma asa delta voando em atmosfera calma, sempre perde altura como qualquer outro tipo de planador.

 

Para mantermos a velocidade, devemos manter a picada, pois se vamos soltando a barra, ela irá retornando ao ponto de equilíbrio e a velocidade inicial. (como a direção de um automóvel que ao fazermos uma curva, soltando o volante, ele retorna a posição inicial).

 

Em maior velocidade a asa se torna mais sensível e temos que tomar cuidado para não nos sobre controlar (entrar em ouver control) não deslocando muito o peso para os lados para que a asa não gire em excesso.

 

Toda esta técnica inicia-se na escola de vôo livre, aprendendo a girar e picar. O controle preciso das velocidades e das curvas, se adquire posteriormente com o tempo.