Os praticantes de Võo Livre, Decolam! Não se jogam, não pulam, nem saltam!!! As
decolagens espalhadas pelo mundo, dispõe normalmente de rampas
artificiais construídas em estruturas de madeira. Há ocasiões em que
o relevo, proporciona ótimas rampas naturais, como é o caso da Pedra
Grande aqui na cidade de Atibaia. De uma destas rampas com o vento
soprando de frente, com uma leve corrida, os pilotos decolam.
Esta é uma das
fases mais delicadas do vôo: passamos de uma velocidade zero,
respectiva ao solo (logicamente pois estamos parados sobre a rampa),
a uma velocidade de sustentação respectiva ao vento relativo. Uma
asa delta como qualquer aeronave, precisa de uma velocidade de vento
relativa mínima para sustentação para que possa decolar!
A corrida,
proporcionará esta velocidade de vento relativo mínimo para a
sustentação e decolagem. Nem sempre por isso, temos que sair a
galope sempre que queremos decolar, a realidade é muito diversa. Nos
dias de vento suficiente para se realizar os vôos de colina ou lift,
bastará dar alguns passos para flutuarmos no ar. Somente nos dias de
vento zero devemos correr com toda energia e por toda extensão da
rampa, isto também depende muito do local de decolagem. Há locais
onde o relevo permite decolagens com vento zero e outros que
decolagens nestas condições não são aconselháveis.
O mais importante
na hora de decolar, é segurar a asa com firmeza e manter um angulo
de ataque que gere a sustentação. Só então iniciamos a corrida para
a decolagem, acelerando progressivamente e lançando o corpo para
frente mantendo o angulo de ataque da asa levemente positivo. Quando
alcançarmos a velocidade suficiente para a sustentação, decolamos.
Em algumas
ocasiões, de vento moderado ou forte, precisamos da ajuda dos
companheiros de vôo para levarmos a asa da área de montagem até a
decolagem. A mesma ajuda será utilizada para efetuar a decolagem na
beira da rampa, ajudando a manter a asa nivelada e aguardando o
momento certo para sair ao comando do piloto. Extremamente
aconselhável, que as pessoas que o ajudem neste tipo de decolagem de
cabos, sejam pilotos ou pessoas experientes.
Todo este processo
que nos leva ao ar em poucos segundos, é uma das partes mais
importantes da aprendizagem em uma escola de vôo livre. Este é um
longo período de aprendizado onde em um morrinho de aula, é
praticada a corrida de decolagem em diversas intensidades de ventos
e situações. De todo modo, devo confessar que depois de aprender,
qualquer rampa é mais fácil do que o morrinho de aula! |