TÉCNICAS DE VÔO

Básico:
Decolagem da Asa
Controles da Asa
Vôo de Lift
Vôo Térmico
Aproximação
Pouso
Avançado:
Teoria MC.Cready
Teoria do Hexagono
Vôo de Distância
Os Segredos de Tomas Suchanek
Introdução ao Uso do GPS
Meteorologia:
Dicionário das Núvens
 
 

 

Uma asa delta como as demais aeronaves pousam, não caem! A maioria das aeronaves pousam com o uso de rodas e posteriormente freiam até parar. Enquanto uma asa delta deve pousar em um exato instante e local, mediante um (Stall) comando sobre as barras laterais, e consequentemente parando-nos sobre as pernas. Depois de efetuar uma boa aproximação e antes do Stall, devemos abordar algumas fases.

O objetivo do pouso é nos colocar no solo em pé, com suavidade e velocidade respectiva ao solo igual a zero. Partindo da grande margem de velocidades das asas deltas atuais, é importante desde os vôos no morrinho de aula, praticar um pouso eficiente. Para conseguirmos parar a asa, requer uma freada aerodinâmica (Stall), que consiste em confrontar a superfície da asa com o vento relativo, mediante um empurrão sobre as barras laterais, para quebrar em um só golpe, subitamente a resistência, a sustentação e velocidade.

Fases do Pouso. O processo de pouso, pode ser dividido em 4 fases principais.

A: Entrada 

B: Desaceleração

C: Planeio final

D: Stall

 

 

Mediante a sucessão de precisos movimentos, as diferentes ações devem ser levadas ao pé da letra para prepararmos um stall do modo mais efetivo possível, e para termos uma margem para eventuais correções.
 

A - Entrada. Ao inciciar a aproximação final, a velocidade de vôo deve ser ligeiramente superior a velocidade normal de vôo e cosntante, para poder compensar uma diminuição da velocidade relativa, por exemplo, a causa de um gradiente de vento. Devemos seguir uma trajetória estabilizada em todos os sentidos, sem vai e vens, nem alterações bruscas de velocidades.
Graças a esta margem extra de velocidade a asa ganha estabilidade e comando para eventuais correções. O piloto deve se manter olhando para um possível ponto de toque.

 

A.b - Ficar em Pé, Troca de Mãos. No final desta fase ficamos em pé, a uns 3 ou 4 metros sobre o solo. Primeiramente efetuamos o descapotamento, ou seja, ainda com as mãos na barra de comando, vamos passar da posição horizontal, para uma posição um pouco mais vertical, isto é feito com um leve tranco com as mãos apoiadas na barra de comando (Speed bar) para que a fita do harness corra e deixe o harness apoiado em um GC mais à frente, facilitando a troca de mãos.

Nesta posição e estabilizados, levamos primeiro uma das mãos há uma das barras laterais e em seguida levamos a outra mão à outra barra lateral. Todo este processo, deve ser calmo, com controle e prudência, não devendo alterar a velocidade da asa, nem perder a precisão da trajetória.

 

B - Desaceleração. Antes do Stall, devemos perder o excesso de velocidade. Com a barra de comando há mais ou menos 1 metro do chão, devemos cabrar levemente (empurrar as barras simetricamente à frente) aumentando o ângulo de ataque da asa paulatinamente, com isso, perdendo velocidade. Isto permitirá mantermos a altura de mais ou menos 1 metro durante alguns instantes.

 

C - Planeio final. Sequentemente a desaceleração, a asa inicia um planeio final devido ao efeito solo. Nesta fase levantamos mais o corpo empurrando o torax e a barriga à frente, aproveitando para posicionar as mãos mais acima nas barras laterais, na altura dos ombros. Nesta altura, temos uma ótima longitude dos braços para efetuar de maneira efetiva o stall. Dirija o olhar agora ao horizonte. Quando sentirmos que não podemos mais manter a altura, é o instante ideal para efetuarmos o empurrão nas barras (o stall).
 

D - Stall. Devemos empurrar as mãos sobre as barras com firmesa, para cima e para frente. Levamos o corpo para frente, mantendo os braços esticados até que piloto e asa toquem o solo, com o piloto parando em pé. A resistencia aumenta tão bruscamente que o resto da sustentação se quebra repentinamente, freando a asa.
A força do stall dependerá do vento: para ventos zero, devemos empurrar as barras com força e em toda longitude dos braços, a medida que o vento vai aumentando, devemos empurrar com menor força e com menor amplitude dos braços.

Em ventos fortes, devemos somente empurrar levemente até que a asa pare!

 

Erro Comum: um dos erros mais normais é não levar o corpo o mais para a frente possível (deixando a barriga e o quadril para traz), fazendo com que o peso fique para traz do centro de pressão da asa, gerando um stall sem efeito algum. O resultado é uma desaceleração insuficiente, fazendo com que a asa crash de nariz.

 

Paraquedas de Arrasto: um dos inconvenientes das asas de alta performance atuais é o seu alto índice de planeio (15:1), fazendo com que os pousos fiquem longos demais. Para solucionar parte deste problema, foram criados os chamados "paraquedas de arrasto", para aumentarmos o arrasto parasita, a medida que aumentamos a velocidade, diminuímos consideravelmente o índice de planeio, chegando a uma taxa de até 3:1.